Para alguns físicos teóricos, o campo de Higgs [1] é aquilo que confere a propriedade de massa à matéria, dentre algumas outras características. Segundo estes cientistas, o universo inteiro está imerso nesse campo.
A forma de interagir das partícula com o campo de Higgs, ou oceano de Higgs, definem determinadas propriedades. A massa é uma resistência à alteração do movimento (ou ausência deste). Para modificar o estado inercial de uma partícula, é necessário imprimir a mesma uma aceleração. O campo de Higgs é que faz resistência à aceleração (não ao movimento, diferindo-se, por exemplo, da resistência que a água impõe ao deslocamento de um barco).
Quanto mais forte é a resistência encontrada por uma dada partícula em mover-se no oceano de Higgs, maior será sua massa.
Teorias recentes mostram que, em determinadas circunstâncias, presentes nos momentos iniciais de formação de nosso universo, o campo de Higgs pode ter gerado uma antigravidade, esticando o tecido do espaço por um fator estimado entre 10 elevado a 30 a 10 elevado a 100 [2], ou até maior. Na cosmologia, este "estirão" abrupto do espaço ficou conhecido como inflação.
Embora seja um estudo teórico, muitos físicos se empenham na busca da constatação da partícula de Higgs, o que confirmaria a existência do campo em análise. Os aceleradores de partículas hoje em operação [3], em princípio, não produzem energia suficiente para que os choques das partículas revelem, ou não, a existência do oceano de Higgs.
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[1] O nome do campo é uma homenagem ao físico escocês Peter Higgs.
[2] O número um seguido por 30 ou por 100 zeros.
[3] Espera-se que o maior deles, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), permita tal feito.
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