Síntese
A descoberta do bóson de Higgs em julho de 2012 confirmou
uma teoria de quase 50 anos para explicar como partículas elementares adquirem
massa.
Mas algumas constantes - incluindo a massa do Higgs - são
exponencialmente diferentes do que indicavam as leis da física, descartando,
por exemplo, a possibilidade de vida, a menos que o Universo seja modelado por
ajustes finos e cancelamentos desconhecidos.
A noção de "naturalidade" - o sonho de Einstein de
que as leis na Natureza são belas, inevitáveis e autocontidas - está em risco.
Comentário
O artigo da Scientific American Brasil nº 135, ano 11, de
agosto de 2013, que guarda o mesmo título deste texto, reforça, mais uma vez, a
verificação de um delicado e preciso arranjo nas constantes básicas da física,
fato conhecido como ajuste (ou sintonia) fino(a), cuja
uma perturbação muitíssimo pequena tornaria nosso universo totalmente diferente
e sem vida. O citado artigo é muito bom e bem escrito.
Embora não tenha sido criada para sanar tal problema, a teoria
(*) que ventilam a existência do multiverso (um conjunto de universos
paralelos) passa a figurar como a saída para salvar o compromisso materialista
que a aparente maioria dos cientistas tem. Para eles, é preferível supor uma
infinidade virtual de universos paralelos (e, por tal características, não
verificáveis) do que admitir que o materialismo está contra as evidências que
os experimentos científicos vem demonstrando crescentemente.
(*) Na verdade, são várias teorias.