Autor: Brian
Greene.
Ed Companhia
das Letras.
Síntese: Em
termos de texto de divulgação científica, em particular sobre a teoria das
cordas, este livro é espetacular. O autor consegue descrever com paralelismos e com linguagem simples os conceitos físicos e teorias de pouco domínio popular.
As revisões sobre relatividade e mecânica quântica apresentadas na obra são
altamente recomendáveis para quem quer uma compreensão de tais temas sem se
preocupar com quaisquer equações ou formalismos matemáticos.
Mais
sobre o livro.
“Nos
últimos trinta anos da sua vida, Einstein buscou sem descanso a chamada teoria
do campo unificado – uma teoria capaz de descrever as forças da natureza por
meio de um esquema único, completo e coerente. [...] Acreditava apaixonadamente
que o conhecimento mais profundo do universo revelaria a maior das maravilhas:
a simplicidade e a potência dos princípios que o estruturam. Einstein queria
iluminar os mecanismos da natureza com uma luz nunca antes alcançada, que nos
permitiria contemplar, em estado de encantamento, toda a beleza e a elegância
do universo.” – trecho extraído do
prefácio da obra.
O livro inicia abordando os pilares da física contemporânea
e, em linhas gerais, os conflitos anteriormente existentes que levaram a tal
patamar de conhecimentos:
1. Na mecânica de Newton, ao se deslocar com
velocidade suficientemente grande, alguém poderia acompanhar um raio de luz.
Mas segundo as leis do eletromagnetismo (J C Maxwell), isso não era possível.
Einstein resolveu o confronto ao apresentar a teoria da relatividade especial (“prevaleceu”
Maxwell sobre Newton).
2. Mas essa
nova teoria levou ao segundo grande conflito. Nenhuma influência poderia viajar
a velocidade maior do que a da luz, mas a teoria da gravidade de Newton supunha
uma ação instantânea através do espaço. Mais uma vez coube a Einstein a solução
ao embate: a teoria da relatividade geral.
3. Novamente,
a resolução do problema anterior gera um novo: a incompatibilidade da mecânica
quântica com a relatividade geral.
Este confronto teórico está sem solução aceita
universalmente, mas muitos físicos apostam na teoria das cordas para harmonizar
as duas teorias de maior sucesso da história da física.
Em seguida, o autor faz um resumo do que se sabe
sobre a estrutura básica da matéria e como a teoria das cordas “percebe” tal
quadro geral.
Os capítulos 2 e 3 são primorosos na apresentação
da teoria da relatividade especial e geral. É rica em detalhes, gráficos e
descrições. Um leitor atento terá uma ótima referência teórica sobre a
compreensão destas teorias.
O capítulo seguinte é dedicado à mecânica quântica,
mostrando desde os experimentos iniciais que levaram à mesma até os testes mais
incomuns à realidade que percebemos no cotidiano.
Um detalhamento mais profundo do conflito entre
relatividade geral e mecânica quântica é feito no capitulo 5.
A teoria das cordas propriamente dita só tem sua
apresentação iniciada no capítulo 6. O histórico que leva a formulação da mesma
é abordado. As analogias feitas com a música e alguns instrumentos de cordas são
bastante didáticas para a compreensão da teoria. Há gráficos que ajudam a
compreender a diferença, por exemplo, da compreensão de interação entre
partículas na versão tradicional e na nova proposição teórica.
As abordagens da simetria, da supergravidade, além
de outras informações, levam a um passo adiante na teoria: as supercordas,
assunto do capítulo 7.
No capitulo 8 a dedicação é em relação às dimensões
adicionais, prevista na teoria, e a forma de tais dimensões.
A relação da teoria das cordas com experimentos que
a possam confirmar é assunto do capítulo 9.
A geometria do espaço-tempo, mesmo a ruptura
hipotética do espaço, é tratada nos dois próximos capítulos, com ilustrações
bastante apropriadas que simplificam determinados conceitos propostos.
A teoria M, a qual surge diante da unificação das 5
versões da teoria das cordas, é apresentada no capítulo 12. Nesta parte também é
levado ao conhecimento do leitor o papel fundamental do método perturbativo
para a teoria e, para esta formulação, o estado da arte da modelagem matemática
aproximada, bem como as soluções (também aproximadas) das equações elaboradas
pelos pesquisadores (não se preocupe, pois o autor não apresenta nem resolve tais
equações no livro).
Buracos
negros e cosmologia, a luz da teoria M, são os assuntos dos capítulos 13 e 14.
O autor encerra a obra com um capítulo em que é apresentando
as perspectivas dele e de seus colegas para o futuro deste estudo.
A força gravitacional era considerada a mais forte, mas na verdade é a mais fraca. O eletromagnetismo é considerado a força forte. As forças nucleares, que mantêm o núcleo do átomo com protons e neutrons é a força superforte. Tão forte que sua ruptura causa explosões como no Novo México (experimental) e Hiroshima (bélica).. A teoria das supercordas é o mais recente avanço na unificação da representação das três forças.
ResponderExcluirObrigado por suas observações.
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